Colégio dos magos caldeus
O tarot é um Sistema Iniciático; isto quer dizer que ele espera uma leitura do ponto de vista do Arquétipo. Devemos aplicar a ele o método bíblico de 4 leituras, conhecido pela palavra P-A-R-D-E-S, no qual, a primeira leitura é a mais pobre, totalmente baseada no que se vê, leitura literal. A segunda leitura é de fundo moral, ético. A terceira, iniciática ou Arquetípica; e, finalmente, a quarta leitura, a sagrada ou o mistério.
Lembramos que Thot descobriu, através do método de ensino dos Atlantes, que a essência do Tarot era o agir humano, guardado sigilosamente pelos sábios nas 22 letras dos alfabetos antigos. Daí, desenhou situações/padrão, que representam nosso agir diário. Infalivelmente, estaremos vivenciando, queiramos ou não, saibamos ou não, alguma Carta do Tarot.
O passo seguinte do Sábio Egípcio foi usar as Cartas ou Câmaras (ou lâminas) para a realização psicológica de uma Viagem Arquetípica. Esta viagem NÃO começa no nosso mundo denso, material; começa ANTES DA NOSSA ENCARNAÇÃO. Ao sairmos dos páramos celestes - onde estão as almas puras, inocentes (não-cientes) - retirados do berçário por METATRON, somos convidados a participar do projeto de Javé. Se aceitarmos o convite, saímos do estado original de existência, no plano que se chama, em cabala, atziluth, pelo PORTAL DE KÉTER.
Segundo a doutrina de Thot, recebemos dos mestres, dos anjos, dos guias, TODO O ENSINAMENTO NECESSÁRIO PARA A VIDA, e deveremos aplicar este ensinamento aqui, na Terra. Este estágio do Caminho, chamado anabático (de cima para baixo), é o tempo do Aprendizado. O importante, nele, é aprender qual a melhor resposta para cada situação concreta. Todos trazem esses ensinamentos em sua memória inconsciente. Inconsciente, aqui, quer dizer na parte da consciência que a alma traz da Casa do Pai. É, na verdade, uma Superconsciência, a qual contém os Arquétipos, as grandes Verdades a respeito de Deus, do Homem e do Mundo.
Nascidos na carne, vamos, paulatinamente, esquecendo tudo isto, isto é, criando uma nova ordem de consciência que absorve o conteúdo que lhe passam os 5 sentidos. Vamos, então, “empurrando para o inconsciente”, para a memória espiritual, todo o ensinamento anteriormente recebido nas Esferas Superiores. Chega uma hora em que nos “esquecemos” do que aprendemos no Caminho Anabático. Por isto, vivemos neste mundo (Malkuth) como bárbaros, ignorantes, não encontrando sentido em nada. É, paradoxalmente, o momento ideal para recomeçar a Senda. Sentindo-nos “aprisionados no vazio” do mundo da existência, fracos, débeis, joguetes da sorte, nossa inteligência nos diz que “não é possível que alguém nos tenha posto aqui, neste Universo rico, lindo e maravilhoso, para vivermos nesse estado”. A alma, simbolizada na carta Zero pelo animal que nos acossa, exige que nos ponhamos a caminho, em busca de algo que não sabemos o que é, mas que intuímos ser um estado superior de consciência. É o começo da Jornada terrestre. É a peregrinação arquetípica vivida por Abraão, Ulisses, os Argonautas, Gilgamés, e tantos outros personagens, reais ou fictícios, que nos são apresentados pelas narrativas iniciáticas.
Munidos já da consciência de que trazemos em nós o que precisamos para viver aqui, “buscamos um bom mestre que nos queira instruir”.
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