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Aula em vídeo 32: A criação e o pecado original

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“É pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado. (…) A gravidade dos pecados é maior ou menor: um homicídio é mais grave que um roubo. (…) Para que o pecado seja mortal tem de ser cometido com plena consciência e total consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, da sua oposição à Lei de Deus. E implica também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma opção pessoal.

A ignorância simulada e o endurecimento do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado. (…) O pecado cometido por malícia, por escolha deliberada do mal, é o mais grave. O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no Inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis. No entanto, embora nos seja possível julgar se um ato é, em si, uma falta grave, devemos confiar o juízo sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.” (CIC §1857 – §1861)

O pecado mortal, portanto, só acontece quando o indivíduo comete um delito contra Deus consciente dos requisitos descritos acima, e não somente pela matéria grave, isto é, a gravidade do ato em si. Uma pessoa sem formação moral e intelectual adequada, e sem condições de adquiri-la, que pratica uma ação pecaminosa, pode ser isenta de culpa por se enquadrar no caso da chamada ignorância invencível.

Façamos uma brevíssima análise dos pecados capitais: gula; luxúria; avareza; ira; inveja; preguiça; orgulho ou soberba. Todos eles capturam a pessoa humana, direta ou indiretamente, pelo prazer, – seja o prazer de comer e beber (gula); o prazer desordenado do sexo (luxúria); o apego ao dinheiro e, consequentemente, aos inúmeros prazeres que nos pode proporcionar, inclusive o prazer de ter poder (avareza); seja na inveja do nosso próximo, que tem ou vive uma situação mais prazerosa que a nossa; na ira que invariavelmente explode quando algo ou alguém nos submete a uma situação de privação de prazer ou prazeres; seja a delícia de não fazer nada, sem ter nenhum compromisso (preguiça) ou a satisfação egoísta de se sentir superior ao próximo (orgulho).

“O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os consideres insignificantes; se os consideras insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los! Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então a nossa esperança? Antes de tudo, a Confissão… [Sto. Agostinho, In epistulam Iohannis Parthos tractatus, 1, 6: PL 35, 1982]” (CIC §1863)

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