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JESUS, UM SACERDOTE DE  EL


Na execução desta monografia, peço ao leitor levar em conta os seguintes fatos:

Primeiro, que estou bem consciente de minhas limitações, embora confie muito na minha capacidade. Eu NÃO faço a exegese dos textos bíblicos que eu exponho ou critico; tomo como base AS CONCLUSÕES DE SÁBIOS EXEGETAS E CRÍTICOS LITERÁRIOS, “scholars”, que, eles sim, estão capacitados a executar tal tarefa com maestria.

Segundo, levo sempre na devida conta o que está assentado como opinião teológica corrente pelas várias escolas de teologia, e que também foram as conclusões de mestres da exegese; biblicistas como o Pe. Frederico Dattler ou Jean Danielou, para citar apenas dois exemplos.

Quando o texto que é o foco da crítica é o Antigo Testamento, SEMPRE me socorro dos estudos de rabinos ou de sábios mestres do idioma hebraico, como é o caso de David Rosemberg , Harold Bloom, Jules Soury , Rafael Patay, entre outros.

Peço que observem atentamente AS CITAÇÕES QUE FAÇO das obras e autores consultados. Portanto, o meu trabalho é APENAS proceder a uma análise crítica e à uma seleção, na qual entram principalmente a LÓGICA, o BOM SENSO, o SENSO CRÍTICO e a COMPARAÇÃO DAS CONCLUSÕES DOS VÁRIOS AUTORES.

NA ANTIGA BABILÔNIA

Para encontrarmos as primeiras facções conspiratórias, teremos que ir bem longe no tempo. Teremos de ir até a Caldéia e sua capital : Babilônia.

Teremos, também, que ir até à bíblica Ur, dos caldeus.

“Lê-se nas obras de Sanchuniaton, sábio fenício do século X a.C. : “Geração 11 – Destes homens nasceram MISHOR e SYDYC ( que traduzidos quer dizer “franco” e “justo”).

O Dr. Langdon, professor de assiriologia da Universidade de Oxford,observa que tanto Mishor (franqueza) quanto Sydyc (justiça) são assistentes (sacerdotes) do deus babilônico SHAMASH. Nota, ainda, o mesmo erudito doutor que, entre os sírios, fenícios e cananeus EL parece ter-se tornado um nome especial para designar Shamash.

Ainda segundo esse mesmo autor, o sacerdócio desses dois padres na Babilônia conhecia uma forma especial de culto na qual se oferecia o Pão do Céu e a Água da Vida, antes do ano dois mil antes de Cristo”. (Sir Charles Marston, in “A BÍBLIA DISSE A VERDADE” - Ed. Itatiaia, Belo Horizonte, 1964).

Parece legítimo correlacionar esta corrente sacerdotal monoteísta com MELQUISEDEK, rei bíblico de SALÉM, que ofereceu a Abrão pão e vinho, oblações do culto que a dinastia sadekita prestava a El Elyoun.(Gn. 14,17ss). É impossível não ver aí a origem da Ceia instituída por Jesus durante sua celebração da Páscoa judaica.

Os sábios concordam que o Sydyc da lista de Sanchuniaton é, sem dúvida, a origem do nome SADEK (JUSTIÇA) e, portanto, o culto de Melquisedek (Malek Sadek) estaria ligado a esse longíquo ministro babilônico de EL.

Quase que simultaneamente, encontramos, segundo a Bíblia, a ordem divina a Abrão para que saia da idolatria reinante na Caldéia, partindo da sua cidade natal, Ur, e dirigindo-se “ao lugar que eu te mostrarei” (Gn. 12,1).

Sabemos, hoje, que, embora a Bíblia traga como nome da divindade da qual partiu tal ordem JAVÉ, isto se deve à interferência de adições, censuras e interpolações, já que o Deus dos patriarcas era EL. De fato, no livro do Êxodo, cap. 6, 2 e 3, lê-se : “Eu sou YAVEH. Apareci a Abraão a Isaac e a Jacó como EL SHADDAY; mas meu nome YAVEH não lhes dei a conhecer”.

Efetivamente, lemos em Gênese 17,1 : “Quando Abrão completou noventa e nove anos, o Senhor lhe apareceu, e disse : “Eu sou El Shadday”. Portanto, devemos frisar que o Deus que mandou Abrão sair de Urdos Caldeus não foi Javé, que Abrão não conhecia, e sim EL.

Sabemos, hoje, que os livrinhos originais contendo a tradição javista foi organizado em forma de coletânea por um escritor que vivia na corte do rei Salomão , por volta do ano 900 a.C., denominado pelos especialistas de “J”.

Sabe-se, ainda, que este relato javista primordial foi feito utilizando um conceito de um Deus não muito diferente dos deuses pagãos, como júpiter e outros, que tinham sentimentos e pensamentos muito humanos; o relato original sofreu alterações - foi retocado, censurado e interpolado muitas vezes e por muitas mãos.

Uma delas foi o revisor sacerdotal, denominado “P”, o qual manteve o nome do Deus EL, porém assimilado à personalidade de Javeh, fundindo, assim, as duas divindades distintas em uma só. Ressaltamos que as diferenças entre eles não é apenas o nome !

O último retoque foi feito por alguém no ou após o Cativeiro Babilônico, denominado pelos eruditos “R” (“O Livro de J” – David Rosember e Harold Bloom).

O que não se sabe ( ou não se quer saber ) é que esses censores, revisores, interpoladores ou seja lá que nome tenham, deram à Bíblia judaica a forma que ela tem hoje, com muitas incongruências, contradições e o que o Pe. Datler chamou de “cirurgias” com o objetivo claro de torná-la um livro de veneração e culto.

Havia antes um conjunto de tradições descritas mera e simplesmente. Essas antigas tradições foram agrupadas e elencadas em forma de uma epopéia, na qual o herói é uma divindade, Javé, um Deus muito humano.

Concluímos, do exposto, que o Deus de Melquisedek era o mesmo Deus de Abraão : EL. De acordo com esta informação, Abraão e Melquisedek adoravam a mesma divindade, com epítetos diferentes, respectivamente, El Shadday e El Elyoun.

Daí ficar compreendido o respeito do Patriarca pelo enigmático Sacerdote de Salém que o abençoou e recebeu em troca o dízimo. E, notemos, de passagem, que aqui aparece o culto de EL na forma como se fazia nos santuários monoteístas da Babilônia : “Melquisedek, rei de Salém, ofereceu pão e vinho porque era sacerdote de El Elyoun”.

Isto será de imensa importância no decorrer desta monografia . Basta considerarmos como o autor da Carta aos Hebreus coloca o sacerdócio de Melquisedek, seu rito e seu Deus muito acima do culto e do sacerdócio exercido por Abraão.

Deduz daí, o mesmo autor, que o Messias de Israel retomará o culto, o sacerdócio e, por que não dizê-lo, o Deus de Melquisedek e de Abraão, EL, com a conseqüência de levar à caducidade a Lei de Javé, o culto e o sacerdócio do Deus de Moisés, citado no Tratado como o sacerdócio e o culto aaronítico (Hb.6,20; 7; 8; 9,1-10).

De fato, no Evangelho, quando um jovem se aproxima do Mestre Jesus e pergunta o que deve fazer para herdar a Vida, tem como resposta : “Já te foi dito, observa os Mandamentos” (...); o jovem responde : “Tudo isto tenho feito desde a minha mocidade”. Jesus, então, lhe diz : “Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e distribui com os pobres, depois, vem e segue-me” (Mc.10.17; Lc.18,15). Na mesma passagem em Mateus, 19,21, Jesus diz : “Se queres ser perfeito...”; Ora, esta última frase implica no fato de que a Lei não conduzia ninguém à perfeição, como dirá Paulo mais tarde, pois a perfeição reside no Amor, pois o Amor é a consumação da Lei.

UNE CONSPIRATION que a fait Jésus UN PRÊTRE DE EL

En application de cette monographie, je prie le lecteur de considérer les faits suivants.

Tout d'abord, je suis bien conscient de mes limites, même si j’ai beaucoup de confiance en mes capacités. Je ne fais pas l'exégèse des textes bibliques que j'expose ou critique; Je prends comme un AVIS de base des sages et des exégètes ou critiques littéraire, «savants» qui sont capables d'accomplir une telle tâche avec brio.

Deuxièmement, je prends toujours en compte ce qui est assis comme opinion théologique actuelle par les différentes écoles de théologie, et que ont été également les conclusions des maîtres de l'exégèse; biblistes que le Père Frederico Dattler ou Jean Daniélou, pour ne citer que deux exemples.

Lorsque le texte que est l'objet de la critique est l'AT, j'ai toujours des études de sauvetage de rabbins ou de sages maîtres de la langue hébraïque, comme c'est le cas de David Rosenberg, Harold Bloom, Jules Soury, Rafael Patay, entre autres.

Je vous demande de regarder les CITATIONS QUI FONT d’œuvres et auteurs consultés. Donc, mon travail se limite à procéder à une analyse critique et une sélection dans laquelle je prends en compte principalement la logique, le BON SENS et le sens de comparaison critique dans les conclusions de divers auteurs.

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